Dislexia

Dr. Carla Casagrande
DISLEXIA. SERÁ QUE MEU FILHO TEM?
A dislexia se caracteriza por problemas na leitura. Quando a pessoa lê, ela pode não entender bem os códigos da escrita. A  leitura pode ser mais lenta, silabada e a pessoa pode ter dificuldades de reconhecer ate as palavras mais familiares. Ao contrario do que muitos pensam, a dislexia não e resultado da má analfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Como diagnosticar?
Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar (neuropediatra, psicólogo, pedagogo e fonoaudiólogo). Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo.
Como identificar a diferença entre uma criança mal alfabetizada ou com dificuldades na aprendizagem de uma criança com disléxica?
A criança mal alfabetizada consegue vencer suas dificuldades, até ficarem totalmente superadas (também neste caso, é importante contar com a ajuda de profissionais). A criança disléxica tem sinais que a acompanharão por toda a vida. Há possibilidade de realizar este diagnóstico diferencial utilizando-se avaliações específicas.
Com que idade a criança deve começar o tratamento?
Alguns sintomas podem ser observados desde cedo, aos 5 anos (criança de risco), como dificuldades para se expressar oralmente, dificuldades em identificar rimas e sons nas palavras,dificuldade para lembrar os nomes das letras e de seu próprio nome.

A dislexia pode ser encontrada também no adulto?
A dislexia é um transtorno de linguagem que perdura ao longo da vida, se nasce disléxico. Mediante um grande esforço, adultos podem ter aprendido a conviver com suas dificuldades, e se tiverem feito um tratamento adequado, terão desenvolvido estratégias que compensarão estas dificuldades, facilitando-lhes a vida acadêmica.

Professores despreparados podem agravar a situação de crianças com dislexia?
Sim.  O professor tem que saber identificar uma “criança de risco” desde a pré-escola e encaminhá-la para profissionais. Se você pai, notar a presença desses sinais, é fundamental conversar com o professor de seu filho, é bom listar suas observações e preocupações. Peça ao professor para categorizar o progresso de seu filho e para ser bem detalhista. Pergunte quais são as expectativas para uma criança da faixa etária de seu filho e em que ponto ele se encontra em relação a tais expectativas e a seus colegas. É um sonho pensar que haverá uma melhora mágica. As escolas em geral têm a tendência de querer esperar; às vezes, os pais fazem o mesmo.
De que forma a família pode ajudar no tratamento de uma criança com dislexia?
Você pode ajudar a sensibilizar a criança à rima pela leitura em voz alta de histórias e poemas. Levá-lo a perceber que as palavras têm partes (Pe-dro, es-co-la ). Dividir (segmentação) as palavras e montá-las(combinação) novamente. Estes são os dois processos fundamentais envolvidos na aprendizagem de soletrar e de ler. Fale claramente e pronuncie os sons cuidadosamente. Exagere os sons (ex.: mmmapa, sssapato.) e faça com ele o mesmo quando repetir a palavra para você. Use objetos concretos (blocos, moedas) para representar os sons das palavras (ex.: /SS/ /AA/ /PP/ /OO/) colocando 4 moedas, uma depois a outra... para cada som (sapo). Em geral, ajuda ter em mente que há uma lógica em todas essas atividades. Elas devem servir para reforçar o que está acontecendo na sala de aula.

Como é feito o tratamento?
Depois do diagnóstico, se a criança necessitar de medicamento, o neuropediatra irá medicar, o fonoaudiólogo tem como principal objetivo trabalhar a consciência fonológica (sons das letras) assim,  o paciente irá conseguir decifrar o código linguístico, e em consequência compreenderá melhor os textos, o psicólogo poderá trabalhar também a auto-estima que geralmente é baixa, e o pedagogo suas dificuldades ortográficas, regras, entre outros.
“Ao contrário do que muitos pensam a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico”. 
SINTOMAS E SINAIS MAIS COMUNS DA DISLEXIA:
Dificuldades para:
Aprender rimas e canções;
Memória de curto prazo;
Compreender textos escritos
Ler palavras simples e complexas
Com direita e esquerda;
Em organização;
Na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc.
Em decorar sequências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc.
A leitura em voz alta é contaminada por substituições, omissões e palavras mal pronunciadas;
Leitura lenta e cansativa
Disgrafia (letra feia);
Troca de letras na escrita, ortografia desastrosa
Extrema dificuldade para aprender uma língua estrangeira
Direitos de um aluno disléxico perante a lei
Toda a criança tem direito fundamental a educação. No site http://portal.mec.gov.br você poderá ter informações dos direitos de alunos com necessidades especiais.
Parecer CNE/CEB nº 17/2001, aprovado em 3 de julho de 2001 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Resolução CNE/CEB nº 2/2001, de 11 de setembro de 2001 - Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.(retirado do site:www.andislexia.org.br)
 

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